Eu gostava de admirar seus traços e ficava encantado com seu sorriso,
eu gostava de abrir a porta do carro pra você,
e gostava de chegar com chocolate sempre que te via.
Eu gostava de esconder bilhetes com docinhos,
só pra você encontrar em qualquer dia na sua semana corrida.
Eu gostava de pensar em músicas que traduziam nós dois,
e gostava de pensar nos finais de semana que passaríamos juntos.
Eu gostava de planejar, ou gostava só de deixar rolar, pra ver aonde ia dar.
Eu gostava de preparar alguma coisa,
só pra ouvir você dizer sobre o quanto eu cozinhava bem, (ainda que no começo negasse)
gostava quando você colocava a mesa pra mim,
gostava de ver seu esforço em cozinhar, mesmo que não gostasse muito.
Eu gostava quando implicava comigo, quando ficava com ciúmes bobo, ,
gostava quando queria minha atenção só pra você, e como não me dividia com mais ninguém.
Eu gostava quando queria cantar comigo,
gostava de tocar pra você cantar,
eu gostava como suas mãos encaixavam nas minhas,
enquanto assistíamos o culto.
Eu gostava quando você tirava fotos enquanto eu cantava,
ou quando gravava vídeos das minhas apresentações.
Eu gostava do início. Gostava quando você se encantava com as minhas palavras, e quando as gentilezas faziam sentido pra você.
Eu gostava dos meus sonhos, gostava de como planejava eles.
Eu gostava do romance, das flores,
gostava do vestido e dos doramas.
Eu gostava de tudo isso. Uma pena que era um sonho de uma pessoa só.
Num mundo de desamor, o inculto ganhou espaço e aquilo que era um sonho, desvaneceu.
Promessas não valem nada. Ama-se até não amar mais.
Descarta-se por tão pouco.
Eu gostava enquanto durou. Seria eterno, se o amor fosse de dois e não de um só. "Eu te amo", em 2024, não vale muita coisa.